quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Entrevista com Sam Mendes

O vazio parece ser um tema comum a sua obra, desde Beleza Americana, não é? É por isso que a crítica chama seu cinema de existencialista?
Existencialista é um adjetivo que pode ter muitos significados. Eu não sei se o que faço é existencialismo. Talvez Soldado Anônimo o fosse. Aquele filme era (Albert) Camus. Não é por acaso que um personagem aparece lendo O Estrangeiro, de Camus. Se existe uma questão constante no que eu filmo, é o fato de sempre haver uma pessoa em crise, que está perdida, sem algo que a guie. Assim eram Kevin Spacey em Beleza Americana e Tom Hanks em Estrada para Perdição. Como artista, é difícil conceituar as raízes daquilo que buscamos. Veja, eu amei O Lutador, um filme simples, emocionante, que traz um ator no melhor de si. Se um crítico me pedisse para explicar o que me atrai nessa simplicidade, eu não saberia dizer.

Fonte: Gazeta do Povo (Caderno G), 28 de janeiro de 2009.

P.S.: Quem é Sam Mendes?

3 comentários:

Anônimo disse...

Sam Mendes é um cara legal e que sabe das coisas ;). Poderia quase que filmar a minha vida agora.

Beijo.

Anônimo disse...

American Beauty é uma das supremas obras-primas do cinema de todos os tempos. Cáustico, cínico, profundo, hilário.

RAUL POUGH disse...

Invejo este cara... Além disso, eu também teria me casado com a Kate Winslet. Abç