segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

CANÇÃO DO AMOR IMPOSSÍVEL

Como não te perderia
se te amei perdidamente
se em teus lábios eu sorvia
néctar quando sorrias
se quando estavas presente
era eu que não me achava
e quando tu não estavas
eu também ficava ausente
se eras minha fantasia
elevada a poesia
se nasceste em meu poente
como não te perderia

Antonio Cicero

10 comentários:

Anônimo disse...

uia!! bonito

Anônimo disse...

só em poesia mesmo...

não creio mais nesse "te amei perdidamente"....

Otávio disse...

o grande amor é aquele que não deu certo

Bruna Assagra disse...

gosto muito do Antonio cicero, ele tem um poema inesquecível, que tem o mesmo título de um drama do Sartre.... maravilhoso... acho que é Huis Clos... acho.... perfeito.

Valéria disse...

Não li nada ainda do Antonio Cícero mas com a sua indicação vou me aventurar, obrigada pela visita!

Concordo totalmente contigo e serei solidária na sua ousadia: LER REALMENTE SALVA!!! rsrsrs, abraços!

Valéria disse...

Acabei de ver no blog do Adriano que você também é São Paulino, então iremos compartilhar o presente de Natal antecipado, parabéns!!!!! Saudações tricolores, abraços!

Otávio disse...

hmm, sei não hem, pensando bem acho q só jesus salva..

bom, e agora os gaúchos podem falar tri à vontade..rs

Otávio disse...

HUIS CLOS é desse mesmo livro, p. 63:

Da vida não se sai pela porta:
só pela janela. Não se sai
bem da vida como não se sai
bem de paixões jogatinas drogas.
E é porque sabemos disso e não
por temer viver depois da morte
em plagas de Dante Goya ou Bosh
(essas, doce príncipe, cá estão)
que tão raramente nos matamos
a tempo: por não considerarmos
as saídas disponíveis dignas
de nós, que em meio a fezes e urina,
sangue e dor nascemos para lendas,
mares, amores, mortes serenas.

Bruna Assagra disse...

justamente.... perfeito pra hoje.

Cosmunicando disse...

é lindo.