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Chicago - Primavera de 2013 |
"Sempre estive dilacerado entre o meu apetite pelos seres, a vaidade da
agitação e o desejo de me tornar igual a esses mares de esquecimento, a
esses silêncios desmedidos, que são como o encantamento da morte. Tenho o
gosto das vaidades do mundo, dos meus semelhantes, dos rostos, mas,
fora do meu tempo, tenho uma regra própria que é o mar e tudo nesse
mundo que se lhe assemelha. Ó suavidade das noites, em que todas as
estradas oscilam e deslizam por cima dos mastros, e esse silêncio em
mim, esse silêncio, afinal, que me liberta de tudo." (Albert Camus,
Ao mar)