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"Não descobriu às vezes todo homem, mesmo o apenas medianamente honesto, que ele deixou de praticar uma mentira, afora isso inofensiva, pela qual ele ou podia livrar-se de um negócio incômodo ou até ser útil a um amigo querido e benemérito, simplesmente para não precisar desprezar-se secretamente ante seus próprios olhos? Um homem honrado, na máxima desgraça da vida, que ele teria podido evitar desde que não se importasse com o dever, não mantém ainda a consciência de que ele, não obstante, preservou e honrou em sua pessoa a dignidade da humanidade, que ele não tem de envergonhar-se ante si mesmo nem tem razão para temer o escrutínio interno do auto-exame? Este consolo não é felicidade e tampouco a mínima parte dela. Pois ninguém desejará a ocasião para isso, e talvez nem mesmo uma vida em tais circunstâncias. Mas ele vive e não pode suportar ser a seus próprios olhos indigno da vida. Portanto esta tranqüilização interna é meramente negativa em relação a tudo o que possa tornar a vida agradável; (...) Ela é o efeito de um respeito por algo totalmente diverso da vida, em comparação e contraposição com o qual a vida, muito antes, com todo o seu agrado, não tem absolutamente valor algum. Ele só vive ainda por dever e não porque encontra na vida o mínimo gosto". (Idem, ibid.)
Mini galeria de perguntas meramente retóricas
Há 14 horas
3 comentários:
Gostei! O homem simples de caráter é algo que respeito muito!
Beijocas
Citasócrates:
"Em todo o caso, casai-vos. Se vos couber em sorte uma boa esposa, sereis felizes; se vos calhar uma má, tornar-vos-ei filósofos, o que é excelente para os homens."
giulianoquase num café com sócrates
mas kant era celibatário
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