a gente (quase) sempre entra no blog querendo postar alguma coisa que, no fim das contas, é autobiográfico, eu estava resolvido a entrar no meu e postar mais um texto meu, mesmo sabendo que poesia é algo difícil de gostar, mas folheando o último "rascunho", encontrei umas poesias de José Luís Peixoto, na página 22, gostei. A página 30 também tem um texto interessante sobre poesia, que ilustra bem os autores desconhecidos achados na estante da biblioteca naqueles papéizinhos para anotação, com seus haicaizinhos curitibanos. Enfim, poesia é algo difícil de gostar, e eu gosto quando consigo gostar de alguma. José Luís Peixoto:
"esse filho só de sangue que te escorre pelas pernas sou eu, podíamos ter ensinado a ele as palavras, mas o seu nome é agora de sangue. podíamos ter mostrado a ele o céu, mas o seu olhar é agora de sangue. podíamos ter fechado sua mão pequena dentro da nossa, mas a sua mão é agora de sangue. esse filho só de sangue que te escorre pelas pernas e morre sou eu, o meu sangue e a minha memória".
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