Não quero falar de datas
Nem do seu narcisismo
Nem da minha autopiedade
Ambos centrados em si mesmos
Cada um a seu modo
Não quero falar disso
Nem da sua negligência
Nem das suas descobertas
Eu nunca devia ter nos comparado
Quando você nasceu
Eu aprendi a escrever
E agora você chega à adolescência
Como se ganhasse um espelho de presente
E a ninguém emprestasse
Mas eu não quero o teu presente
Nem disso quero falar
Quero apenas falar do sangue
Que escorre quando a gente faz a barba
Nem do seu narcisismo
Nem da minha autopiedade
Ambos centrados em si mesmos
Cada um a seu modo
Não quero falar disso
Nem da sua negligência
Nem das suas descobertas
Eu nunca devia ter nos comparado
Quando você nasceu
Eu aprendi a escrever
E agora você chega à adolescência
Como se ganhasse um espelho de presente
E a ninguém emprestasse
Mas eu não quero o teu presente
Nem disso quero falar
Quero apenas falar do sangue
Que escorre quando a gente faz a barba
Otávio
2 comentários:
não havia repardo neste poema. o final abrupto. num corte de último fôlego.
legal. O espelho espelho meu
quebrado?
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