domingo, 2 de dezembro de 2007

Introvertidos Anônimos


Não quero falar de datas
Nem do seu narcisismo
Nem da minha autopiedade
Ambos centrados em si mesmos
Cada um a seu modo

Não quero falar disso
Nem da sua negligência
Nem das suas descobertas
Eu nunca devia ter nos comparado

Quando você nasceu
Eu aprendi a escrever
E agora você chega à adolescência
Como se ganhasse um espelho de presente
E a ninguém emprestasse

Mas eu não quero o teu presente
Nem disso quero falar
Quero apenas falar do sangue
Que escorre quando a gente faz a barba


Otávio

2 comentários:

Giuliano Gimenez disse...

não havia repardo neste poema. o final abrupto. num corte de último fôlego.
legal. O espelho espelho meu

Otávio disse...

quebrado?