Tempo magnífico. Uma jornalista encantadora e míope. Correspondência. Almoço com os Delamain, numa espécie de buffet de estação de trem - naturalmente, a neon. Refeição. Meditações sombrias. No fim da tarde, dirijo-me a uma escola de teatro. Entrevista com professores e alunos. Jantar na casa dos Chapass, com o poeta nacional Manuel
Bandera, pequeno homem extremamente fino. Depois do jantar,
Kaïmi, um negro que compõe e escreve todos os sambas que o país canta, vem cantar com seu violão. São as canções mais tristes e mais comoventes. O mar e o amor, a saudade da Bahia. Pouco a pouco, todos cantam e vê-se um negro, um deputado, um professor da Faculdade e um tabelião cantarem esses sambas em coro, com uma graça muito natural. Totalmente seduzido.
19 de julho de 1949
3 comentários:
Olá, sei que não o conheço, mas temos um amigo em comum.
Valdinelli.
Se o vir por aí, diga que eu, a Pam, mandei um beijo e sinto saudades imensas.
Desculpe invadir.
Até
Amei.
Nem eu vejoo Brasil com esses olhos.
(Caimi negro?)
Beijos.
Não vá pra Camus sem ele!
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