Duvidar não significa descrer. Quem descrê já não duvida. Duvidar significa crer em coisas distintas e incompatíveis, ao mesmo tempo. O Ceticismo apareceu na Grécia pelo século III A. C., quando a cultura grega estava saturada de experiência criadora, possibilitando opções múltiplas e divergentes. Em essência, a disposição cética revela-se como forma refinada de tentação intelectual para gozar a simultaneidade dos opostos. Cético é quem experimenta a inefável fruição do possível, ora crendo que sim, ora crendo que não... O cético disfarça seu embaraço opcional, pela superior destreza, pela fina elegância com que se mostra capaz de seduzir ouvintes ou leitores ao sustentar os argumentos mais contraditórios sobre o mesmo assunto. (Gilberto de Mello Kujawski, Descartes existencial)
Um comentário:
isso Kajevski,o Kujawski está certo;creio q o cético é antes de tudo um sujeito q não necessariamente descrê,apenas entende q na contradição está um extrato da verdade...,sempre possível de questionamento
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