para tullio stefano
Se Machado de Assis, há mais de um século, se permitiu criar a Igreja do Diabo, já era hora de criar uma igreja dos ateus, já que são tantos e, mais cedo ou mais tarde, vão acabar se organizando e dominando o mundo.
Bom, uma igreja não é uma igreja se não distinguir, desde já, o certo e o errado, o bem e o mal. Pois bem, o mal está no agnosticismo, que dissemina a falta de fé entre os ateus, levando-os a um quadro de niilismo profundo, chegando às vezes a evoluir para o suicídio. Assim, já que eu me auto-elegi para fundar esta igreja, tratei de escolher um representante do ateísmo no mundo animal: tenho aqui uma tartaruga, já bem velhinha, apontei pra ela e disse “tu és a pedra, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja e as portas do agnosticismo não prevalecerão contra ela”. Como ela não disse nem que sim nem que não, assim que ela morra, farei do seu casco, oco como a vida, a pedra angular de nossa igreja.
Outra lição que tiramos dos nossos colegas cristãos é a de dividir o trabalho em ministérios ou pastorais, para dar a impressão de engajamento e seriedade. Logo, em homenagem a ateus famosos, resolvi que os ministérios seriam, pra começar, três: o Ministério Dráuzio Varella, de cura e libertação; o Ministério Oscar Niemeyer, das causas sociais; e o Ministério Caetano Veloso, de louvor e adoração. Assim, com um representante de cada grande área, biológicas, exatas e humanas, demasiado humanas, será mais fácil dominar o mundo.
Os livros sagrados também podem começar com três: na base do velho testamento ficará “Assim falou Zaratustra” do profeta Friedrich Nietzsche; no novo testamento, Simone de Beauvoir emplacará com “Todos os homens são mortais”, onde explica que as mulheres, sim, é que são imortais; e o catecismo ficará por conta de Michel Onfray, com seu “Tratado de ateologia”. Nos próximos concílios, poderá ser negociada a entrada de Russel, com “No que acredito”, censurado como apócrifo devido à positividade subversiva do título. No índex entrará toda Patrística e Escolástica, além do Pe. Vieira.
Bom, uma igreja não é uma igreja se não distinguir, desde já, o certo e o errado, o bem e o mal. Pois bem, o mal está no agnosticismo, que dissemina a falta de fé entre os ateus, levando-os a um quadro de niilismo profundo, chegando às vezes a evoluir para o suicídio. Assim, já que eu me auto-elegi para fundar esta igreja, tratei de escolher um representante do ateísmo no mundo animal: tenho aqui uma tartaruga, já bem velhinha, apontei pra ela e disse “tu és a pedra, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja e as portas do agnosticismo não prevalecerão contra ela”. Como ela não disse nem que sim nem que não, assim que ela morra, farei do seu casco, oco como a vida, a pedra angular de nossa igreja.
Outra lição que tiramos dos nossos colegas cristãos é a de dividir o trabalho em ministérios ou pastorais, para dar a impressão de engajamento e seriedade. Logo, em homenagem a ateus famosos, resolvi que os ministérios seriam, pra começar, três: o Ministério Dráuzio Varella, de cura e libertação; o Ministério Oscar Niemeyer, das causas sociais; e o Ministério Caetano Veloso, de louvor e adoração. Assim, com um representante de cada grande área, biológicas, exatas e humanas, demasiado humanas, será mais fácil dominar o mundo.
Os livros sagrados também podem começar com três: na base do velho testamento ficará “Assim falou Zaratustra” do profeta Friedrich Nietzsche; no novo testamento, Simone de Beauvoir emplacará com “Todos os homens são mortais”, onde explica que as mulheres, sim, é que são imortais; e o catecismo ficará por conta de Michel Onfray, com seu “Tratado de ateologia”. Nos próximos concílios, poderá ser negociada a entrada de Russel, com “No que acredito”, censurado como apócrifo devido à positividade subversiva do título. No índex entrará toda Patrística e Escolástica, além do Pe. Vieira.
Uma última coisa a ser considerada, última na ordem mas não na importância, é o dízimo que, já vou avisando, será chamado trízimo ou quadrízimo, já que a maioria dos ateus é oriunda de classes sociais mais altas (e, supostamente, mais esclarecidas). Enfim, como diria o profeta Karl Marx: ateus do mundo inteiro, uni-vos! E como diria Paulo de Toledo:
6 comentários:
sempre admirei a vida monástica ou melhor cenobita(contemplata aliis tradere)pena q precisa-se crer na bíblia ou em algum sumo potente q a carregue;agora,com a fundação desta nova igreja,poderei até ser monge...,unico e maior problema é a a tartaruga,precisamos de uma pedra fundamental.
olé!
giulianoquase
rsrsrs... a camiseta é ótima, mas o melhor de tudo é o novo testamento.
"Deus é grande mas não é dois" não tem muito efeito. Vão dizer que "não é dois, é três". Tinha que ser "Deus é grande mas não é quatro".
como segurança você pode pode por o bruce lee , para ajudar no culto marcelo nova ,e para as crianças matt groning o criador dos simpsons , ja que todos eles são ateus
Deus é grande mas não é dois...
Nem precisa.
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