"Ó delicados! Vós que pousais o amor sobre ternos violinos ou, grosseiros que o pousais sobre os metais! Vós outros não podeis fazer como eu, virar-vos pelo avesso e ser todo lábios" Maiakovski
Meu amor, eu te ofereço
Toda minha falta de assunto
Minha ausência de vaidade
Que nem chega a ser modéstia
Meu pé descalço
Minha cabeça raspada
Meu corpo no escuro
E te ofereço o meu silêncio
Minha boca calada
Minha respiração sincopada
Meu sopro no coração
Minha caixa torácica
E te ofereço minha solidão
Minha mão sem anéis
Meu pulso cortado
Minha fratura exposta
Minha flauta vertebrada
E não te peço nada em troca
Não te peço nada
5 comentários:
ah, com esse poema nem precisa pedir nada em troca =)
putz, putz!! lindo.
Lindo! Parabens...
eu peço algo em troca,
tá pensandoquê!
giulianoquase.
nossa...
Que lindo!
E o que o seu amor faria com com tudo isso? Tens a chave?
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