terça-feira, 10 de junho de 2008

Repercussões da obrigatoriedade

Desta vez foi no biarticulado, meu dia não tinha sido dos melhores, um bando de estranhos se esfregam em mim enquanto eu me crucifico segurando em dois ferros acima de minha cabeça, uma menininha de uniforme, nos seus 15-16 aninhos, indignada, explica à amiguinha que lhe dirige um rosto redondo e irônico cheio de ácne:
- Filosofia é filosofia: filosofia é uma bosta. Sociologia até que é legal...
Neste momento levantei minha cabeça sangrenta aos céus e clamei: Eli, Eli, lammá sabactáni? [Deus meu, Deus meu, por que me abanbonaste?] Isto me remeteu a uma época em que pegava sempre o mesmo horário, e o ônibus parava num ponto, e entrava toda a criançada com a mochilinha da faculdade: Jornalismo - UniEsquina; Direito - UniEscambal... e eu vim uma dessas viagens inteiras ouvindo duas coleguinhas a dizer que o professor de filosofia era chato, feio e bobo. Sem falar que só comia marmelada.
Mas, como diria aquela velha reza popular, a voz do povo é a voz de Deus. Sim, e como diria Luiz Vilela, o homem é uma cagada de Deus.

3 comentários:

Cris Medeiros disse...

eheheh! Bom post! Já me senti assim dentro de ônibus... rs

Beijos

Lígia Pin disse...

Queria ter visto isso.
;o)

Anônimo disse...

=P
Cara, eu já passei por uma situação como essas... e no ônibus tb! Vi dois jovens vestibulandos que iam prestar medicina aí na Federal (eu acho), onde que uma das específicas deles era filosofia... e eles metendo a boca na filosofia... falavam assim..."até parece que para operar terei que ler Maquiavel"...

¬¬ um bando de bestas...
até parece digo eu... eles por exemplo... não deve ter uma noção de bioética, por exemplo... aff...

e por falar na federal...
que saudades que estou aí da sua cidade..espero visitar ctba em breve!

beijos!